segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Arte na Web, não Web Arte.

Web Arte: arte + Internet. Sem dúvida, um dos grandes desafios dessa geração de artistas é explorar em obras vários aspectos da rede e das relações humanas que se constituem através dela. Como afirma Prado, essa forma de comunicação estabelece diferentes formas de relacionamento e necessidade humanas, uma vez que se sobrepõe revolucionando o modo tradicional de comunicação anteriormente utilizado, como a televisão (PRADO, 2003, p. 20).
Com as diferentes formas de relação via rede, surge a possibilidade de explorar artisticamente as questões de interatividade virtual, relação entre indivíduos que se conhecem apenas pela rede, o trabalho cooperativo permitido pelos Blogs e Wikis, as formas de contato estabelecidas com texto e imagens, e, como talvez as questões mais interessantes e frutíferas para a reflexão, a modificação dos conceitos de tempo e espaço ocasionados pela “virtualização”.
Porém, talvez pelo fato de ainda não existir um amplo conhecimento dessa prática artística, há muitos que compreendem a Web Arte como práticas e técnicas artísticas utilizadas na construção de sites comerciais e ambientes virtuais. Museus e galerias virtuais, com o válido esforço de tentar aproximar a arte tradicional do público, são meramente reproduções do ambiente e das obras reais, “catálogos dinâmicos” de exposições. Como afirma Prado, A Internet aqui funciona como um meio de divulgação das artes, com um caráter informativo, e não como objeto de estudo ou ferramenta para a produção de artes (1997, apud NUNES 2003).
Como afirma Rush (2006), não se pode confundir uma obra de arte com práticas artísticas utilizadas em um objeto, uma imagem, um espaço virtual cujo objetivo principal não é artístico. Muitas propagandas utilizam técnicas artísticas para aumentar seu alcance, mas não são obras de arte. O artista faz a obra sem uma intenção inicial de comercialização, mas de reflexão e exploração de conceitos.



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